Caminho de Santiago
Caminho Português de Santiago
De Braga a Santiago de Compostela,
Agosto 2013
Variante Espiritual ao Caminho Português
Abril 2016
Agosto 2013
Variante Espiritual ao Caminho Português
Abril 2016
Começamos a descrição da caminhada por três lugares comuns
que de um dia para o outro passam a fazer todo o sentido.
“Cada um faz o seu caminho.”
As motivações variam de pessoa para pessoa. O ritmo também. O caminho pode ser feito de várias maneiras em várias vezes, e será sempre diferente.
Pode ser que comece apenas por caminhar, mas provavelmente irá encontrar outros sentidos na viagem.
As motivações variam de pessoa para pessoa. O ritmo também. O caminho pode ser feito de várias maneiras em várias vezes, e será sempre diferente.
Pode ser que comece apenas por caminhar, mas provavelmente irá encontrar outros sentidos na viagem.
“O Caminho faz-se caminhando”,
Não pode ser mais verdade, só se chega a Santiago caminhando. E à velocidade de cada um.
Não pode ser mais verdade, só se chega a Santiago caminhando. E à velocidade de cada um.
“Ninguém faz o Caminho sozinho”
Na realidade encontra-se muita gente e muitas oportunidades de conversa. É difícil acabar a viagem como começou.
Na realidade encontra-se muita gente e muitas oportunidades de conversa. É difícil acabar a viagem como começou.
Este foi o nosso percurso.
Se pesquisar mais um pouco pode verificar que pode ser feito de muitas maneiras diferentes. Cada um tem o seu.
Se pesquisar mais um pouco pode verificar que pode ser feito de muitas maneiras diferentes. Cada um tem o seu.
Dia 1
Braga > Ponte de Lima
É um percurso relativamente duro, com alguns desníveis acentuados. Os
primeiros 10 Km são em casco urbano, enquanto se desce de Braga até à Vila de
Prado. A partir daí será sempre a subir nos 30 Km seguintes, mas quase sempre em
floresta e por caminhos. A beleza da terra ajuda a esquecer a dureza da
caminhada.
Esta parte do percurso acaba por ser um ensaio para os dias
seguintes. Quem a supera dificilmente não chegará a Santiago.
A sinalização é excelente e não tivemos qualquer problema e
chegar ao destino.
O Albergue de Ponte de Lima é logo a seguir à Ponte Romana/Medieval.
Tem uma vista invejável para a cidade e está logo ao lado do Rio Lima para um
mergulho no fim de tarde. E quem conhece Ponte de Lima sabe que não será
difícil sair à rua e acertar à primeira num bom restaurante.
Distância: aprox 40 km
Dia 2
Ponte de Lima > Valença
Um começo de dia outra vez
entre a serra e os campos de cultivo. Começamos agora a reparar que o percurso
passa por todas as igrejas nas localidades em caminho. Faz todo o sentido!
Entre as duas cidades
encontra-se um ponto de paragem, Ruivães. Como dista apenas 20 Km de Ponte de
Lima seguimos caminho, embora com banho mesmo à saída da aldeia. Basta olhar
que o rio está lá.
O que nos pareceu uma boa ideia acabou por não o ser, pois os 20 Km seguintes foram muito cansativos e a opção de parar um dia em Ruivães parece-nos agora a mais correta.
Surpresa à entrada de Valença onde uma empresa de micro rega instalou um banco refrescante para os caminhantes. Há alguns desníveis a meio do percurso e os últimos Km fazem-se em estrada, com alguns cruzamentos à N13.
O que nos pareceu uma boa ideia acabou por não o ser, pois os 20 Km seguintes foram muito cansativos e a opção de parar um dia em Ruivães parece-nos agora a mais correta.
Surpresa à entrada de Valença onde uma empresa de micro rega instalou um banco refrescante para os caminhantes. Há alguns desníveis a meio do percurso e os últimos Km fazem-se em estrada, com alguns cruzamentos à N13.
O albergue de Valença é no
extremo norte da cidade junto ao Castelo. Local sossegado embora perto da via
rápida que leva à fronteira, limpo e com boas condições. Quando lá pernoitamos
estava em auto-gestão(!).
Distância: aprox 40 km
Dia 3
Valença > Redondela
Para quem até agora via pouca gente irá começar a ver
bastante. Há muitos caminhantes portugueses e espanhóis que começam aqui o seu
percurso.
A saída de Valença e entrada em Tui é sempre em casco
urbano. É uma parte muito interessante da viagem pois a passagem é pelo Castelo
de Valença, Ponte Internacional , zona histórica de Tui e corredor verde
durante 4 KM. Infelizmente a boa disposição perde-se após quase 4KM rectos que
atravessam a zona industrial de Porrinho.
Existe actualmente uma alternativa a esta parte do percurso por uma zona verde fora do pólo industrial.
Existe actualmente uma alternativa a esta parte do percurso por uma zona verde fora do pólo industrial.
Almoço em Porrinho, o
último local onde se pode beber um café Delta. Aproveite!
O ponto seguinte
seria Mós onde existe um pequeno albergue. Infelizmente estava cheio pelo que
tivemos que seguir para Redondela.
Um apontamento: não existe mais nenhum alojamento em Mós. Quem faz esta etapa ou fica em Porrinho (20 KM) ou é obrigado a seguir para Redondela (40 Km). Mós, embora um risco, será sempre um ponto de passagem. O melhor é sempre verificar se existem muitos caminhantes na estrada antes de arriscar.
Um apontamento: não existe mais nenhum alojamento em Mós. Quem faz esta etapa ou fica em Porrinho (20 KM) ou é obrigado a seguir para Redondela (40 Km). Mós, embora um risco, será sempre um ponto de passagem. O melhor é sempre verificar se existem muitos caminhantes na estrada antes de arriscar.
O percurso final é feito em estradas secundárias e sem
qualquer movimento.
Redondela é uma pequena cidade junto ao mar com um centro
calmo e com a particularidade de os caminhos-de-ferro serem na cota alta, o que
lhe dá um ar muito futurista à séc. XIX.
O albergue de Redondela é bastante acolhedor e cosmopolita.
Infelizmente estava cheio pelo que ficamos numa pensão a 3KM.
Infelizmente estava cheio pelo que ficamos numa pensão a 3KM.
Em caso de dúvida dirija-se ao posto de turismo que eles
encarregam-se de lhe arranjar alojamento. Fecham às 20 horas galegas.
Distância: aprox 40 km
Dia 4
Redondela > Pontevedra
Um passeio no parque.
Esta etapa é feita em natureza e terras de cultivo junto à linha férrea e quase sempre em pequenas estradas alcatroadas sem qualquer movimento. Depois da dureza dos percursos anteriores, o justo descanso.
Esta etapa é feita em natureza e terras de cultivo junto à linha férrea e quase sempre em pequenas estradas alcatroadas sem qualquer movimento. Depois da dureza dos percursos anteriores, o justo descanso.
O albergue de Pontevedra é no
inicio da cidade pelo que o caminhante que quer visitar a cidade tem sempre que
ir, no final do dia regressar e no dia seguinte atravessar Pontevedra novamente.
O que não é problema pois Pontevedra é uma cidade lindíssima com as suas 17
praças no centro histórico.
No posto de turismo encontra informação sobre a melhor maneira de preencher a tarde.
No posto de turismo encontra informação sobre a melhor maneira de preencher a tarde.
Distância: aprox 18 km
Dia 5
Pontevedra > Caldas
dos Reis
Mais um dia de natureza, de
campos de cultivo e pequenas aldeias e, pontualmente, o cruzamento na Nacional
550 que leva a Santiago. Não existem grandes diferenças de cota pelo que o percurso
se faz tranquilamente.
Caldas pode ser vista apenas
de passagem. A cidade é muito pequena, com pouca oferta de alojamento e sem
grandes pontos de interesse. Depois do cosmopolitismo de Pontevedra, Caldas
revela-se uma desilusão.
Ressalva para o tanque termal
onde pode colocar os pés de molho. Literalmente.
O albergue é uma loja
reconvertida. Mau. Optamos por ficar numa pensão, mas o resultado terá sido
semelhante. Existe um albergue a apenas 9 Km, uma solução a considerar.
Distância: aprox 23 km
Dia 6
Caldas dos Reis>Teo
Nesta altura sente-se
bastante a proximidade de Santiago quanto mais não seja porque os grupos de
caminhantes vão engrossando.
O percurso tem pequenas
diferenças de cota. A paisagem mais uma vez é rural.
Passamos por Padron, uma
cidade sossegada e com um centro histórico muito bem conservado. Pretexto
perfeito para comer uma pratada dos famosos pimentos.
O Pepe irá certamente
chama-lo para assinar o livro de honra e tirar algumas fotografias com ele. Se passar por Padron irá entender.
Padron tem a particularidade
de ter 3 albergues. O primeiro é 3 Km antes da cidade, o segundo é num convento
também a 3 Km da cidade e o terceiro junto à igreja principal. Este último
parece estar muito bem localizado e equipado.
Embora uma boa parte dos
caminhantes fique em Padron optando por fazer no último dia cerca de 25Km até
Santiago, optamos por caminhar até Teo e pernoitar numa pensão.Má decisão. O alojamento foi pessímo.
Distância: aprox 35 km
Dia 7
Teo > Santiago de
Compostela
São os últimos 15 Km da viagem.
O percurso é feito quase sempre em subida ligeira e progressivamente em casco
urbano. Dentro da cidade deixa de haver sinalização, o que parece estranho
depois de uma semana a ver setas amarelas em todas as esquinas.
E estamos em Santiago de
Compostela, 198 Km depois de deixarmos a Bracara Augusta.
Há um misto de sensações, mas
essas deixamos-lhas para si.
Distância: aprox 15 km
Planeamento
Não é necessário grande
planeamento. No nosso caso apenas pegamos nas mochilas e começamos a caminhar.
Mas podia ter corrido mal pelo que deixamos algumas sugestões:
- É importante pedir uma
credencial de peregrino junto da Sé da sua cidade. Vai carimbado em todo o lado
que passa desde os restaurantes até aos albergues;
Além da memória é também um
passe para poder dormir em albergues. Sem ele terá mesmo que ir para pensões e
perde metade do gozo da viagem;
- Os albergues são
normalmente lugares asseados e recomendam-se. Há naturalmente excepções. No
nosso caso foi o de Caldas de Reis. Os albergues têm horários de abertura e
fecho. Por norma abrem entre as 13h e as 17h e fecham obrigatoriamente às 22h.
Não há reservas, é mesmo por ordem de chegada;
- Tenha um plano B à mão. Se
o albergue encher ou não conseguir chegar ao seu destino o contacto de um hotel
ou pensão pode ser crucial. Em épocas altas há uma pequena corrida aos
albergues pelo que o seu plano B rapidamente pode tornar-se um plano A se
quiser usufruir da caminhada e passear com calma.
- No final do dia faça o
pequeno-almoço do dia seguinte. À hora que sai poderá não encontrar cafés
abertos. E não há nada como assistir ao nascer do sol num bosque com o café na mão.
- Os horários de trabalho na Galiza são
diferentes dos portugueses. Pense nisso quando quiser ir almoçar ou fazer
compras;
- Ter um mapa à mão é sempre
bom;
- Os pés vão sofrer. É uma
inevitabilidade. Tenha sempre à mão pensos, agulha e linha (para as bolhas!) e
desinfectante. Afinal no dia seguinte vai ter que caminhar novamente.
- 3 Combinações de roupa
chegam. Sim, vai lavar roupa quase todos os dias.
- Vai deitar-se todos os dias
as 22h. Parece impossível mas ao final do primeiro dia já está habituado. E vai
levantar-se por volta das 6h. Assim conseguirá usufruir da viagem e das vilas e
cidades por onde passa.
- Planeie o regresso. Há
autocarros da empresa Salsa a sair de Santiago duas vezes por dia e há a Renfe.
O provável e chegar de manhã mas só conseguir sair de Santiago a meio da tarde.
Orientação
Todo o percurso está muito
bem sinalizado.
Albergues aqui
Prós
É toda uma viagem, física e
mental. Pelo percurso vai encontrar mais do que esperava e no fim vai esperar
mais do que encontra. E vai querer mais.
Contras
Exige alguma disponibilidade
de tempo e alguma preparação física. Não exagere, ir para o emprego a pé durante
uma semana ajuda.
Em resumo
Distância: aprox 198 km
Sinalização 5/5
Esforço físico 4/5
Interesse 4/5
Fator UAU! 4/5
Extra!
Variante Espiritual ao Caminho Português
Abril 2016
Partindo de Pontevedra, irá encontrar a Variante Espiritual ao Caminho Português.
Fomos experimentar e encontramos algumas diferenças: menos peregrinos/caminhantes, mais verde e sobretudo mais água.
Recomendamos.
A variante começa AQUI, onde irá virar à esquerda, ignorando a seta amarela e acaba em Padrón
Encontrará as fotos de duas etapas AQUI e AQUI.
Não fizemos a última, que liga Vilagarcía de Arousa a Padrón: pode ser feita a pé, junto ao rio Ulla ou de barco.
Distância: aprox 198 km
Sinalização 5/5
Esforço físico 4/5
Interesse 4/5
Fator UAU! 4/5
Extra!
Variante Espiritual ao Caminho Português
Abril 2016
Partindo de Pontevedra, irá encontrar a Variante Espiritual ao Caminho Português.
Fomos experimentar e encontramos algumas diferenças: menos peregrinos/caminhantes, mais verde e sobretudo mais água.
Recomendamos.
A variante começa AQUI, onde irá virar à esquerda, ignorando a seta amarela e acaba em Padrón
Encontrará as fotos de duas etapas AQUI e AQUI.
Não fizemos a última, que liga Vilagarcía de Arousa a Padrón: pode ser feita a pé, junto ao rio Ulla ou de barco.
Em resumo
Distância: aprox 60 km
Sinalização 5/5
Esforço físico 3/5
Interesse 3/5Fator UAU! 3/5
Distância: aprox 60 km
Sinalização 5/5
Esforço físico 3/5
Interesse 3/5Fator UAU! 3/5
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